sábado, 26 de março de 2011

Mulher

Você e suas escolhas
Crie um tempo para pensar em sua vida. Não fuja de si mesmo.
A pessoa que precisa conhecer hoje é você
Como a maioria das decisões é tomada em momentos
 de rebeldia, seja na adolescência, 
seja no inconformismo assumido daqueles
 de mais de 40 anos, muitas 
vezes as pessoas definem aquilo 
que não querem, mas não têm claro 
o que preferem da vida. Não querem,
 por exemplo, um trabalho que exija 
viagens ou detestam mexer com números, 
ou ainda não gostam de lidar
 com gente o dia inteiro.
Mas eliminar opções não significa
 que você tenha encontrado alguma.
 Além de saber o que não preferimos, 
temos de definir aquilo que preferimos:
 a nossa vocação.
Como você vai se sentir melhor 
no jogo da vida: sendo um goleiro,
 um defensor ou um atacante? 
Querer transformar um artilheiro 
em goleiro será um problema
 para o jogador, para o time 
e para toda a torcida! 
A pessoa tem de estar onde 
se sente melhor e onde seus talentos 
podem ser usados plenamente. Isso não
 significa que o atacante não possa
 ajudar a defesa, nem que o defensor
 não ajude o ataque, mas o importante é que cada
 um siga e desenvolva a sua verdadeira vocação.
Para encontrar a sua vocação,
 é preciso controlar a ansiedade
 e aprender a conhecer melhor
 a si mesmo. Na maior parte 
das vezes, quando oriento algum
 executivo ou empresário numa
 fase em que é preciso redefinir
 suas prioridades de vida, 
percebo que mal começo a responder
 a uma pergunta e ele já está 
levantando outra questão.
 Nesse tipo de busca, escutar é algo 
importantíssimo para descobrir 
nossa real vocação, especialmente 
quando essa voz de fora consegue 
despertar a voz interior.
Reservar alguns momentos para ficar
 em silêncio é fundamental para avaliar
 a própria vida e encontrar novos rumos.
 Gilberto Gil canta numa de suas canções:
 “Se eu quiser falar com Deus, tenho que 
ficar a sós”. Ele sabe que é preciso estar
 consigo mesmo para ouvir o Deus que existe
 em nosso interior. Devemos procurar um lugar 
silencioso, uma praia, talvez uma montanha,
 mas também pode ser o nosso quarto, 
longe de revistas, livros, televisão, computador,
 e ficar sentados ou caminhar para
 escutar essa voz interior, 
geralmente abafada pelas 
preocupações e correrias cotidianas.
Você é o único que pode criar esse
 tempo para pensar em sua vida.
 Não fuja de si mesmo. O grande encontro
 é com você. A pessoa que precisa
 conhecer hoje é você, com sua alma,
 com suas reais preferências.
Se conseguir vencer a tentação 
de fugir, terá a chance de 
se encontrar consigo mesmo. 
É um encontro solitário. 
Nesse silêncio interior,
 começam a aparecer alguns 
arrependimentos, algumas lembranças 
do passado, e isso é ótimo! 
Você já está de novo no seu caminho.
 É hora de quitar algumas dívidas
 consigo mesmo e perceber que ainda 
há muito por fazer. Chegou o momento
 de ter uma conversa especial com a 
própria consciência. E aí...
 Muita sinceridade e boa sorte!
Se você já consegue escutar
 a si mesmo, faça, agora, algumas reflexões. 
Que tal conhecer melhor suas 
ideias acerca do futuro? 
Vale a pena visitar seus sonhos de adolescência.
 O que faltou para realizá-los?
 Será que eles ainda estão vivos dentro de você?
 O que gostaria de fazer de verdade na vida?
 Analise esses desejos independentemente
 das chances de torná-los realidade.
Na busca da vocação, é bom também
 conversar com outras pessoas,
 mas dê prioridade sempre para ouvir a sua consciência.
 E não queira tomar decisões com muita rapidez.
 Deixe a decisão amadurecer. 
Não adianta, por exemplo,entrar 
precipitadamente numa faculdade 
para se arrepender dois meses depois. 
Há sempre um intervalo entre a conversa
 íntima e a tomada de decisão.
 É claro que podemos sentir angústias
 nesse meio-tempo. Por isso, paciência é fundamental. 
E, quando fizer a sua escolha, saiba que ela é
 somente o princípio de uma longa caminhada.

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